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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

A MINHA SAÚDE É A SAÚDE DO PLANETA. E VICE-VERSA.

A qualidade dos cuidados que dispensamos a nós mesmos está refletida em tudo que nos cerca: nossas roupas, nossa casa, nosso carro, nossa cidade...nosso planeta. Pode parecer engraçado, mas repare como é verdade: no trânsito, aqueles motoristas com a conduta mais inconsequente exibem carros com amassados e arranhões. No nosso prédio, aquele vizinho que não dá muita importância à higiene pessoal é aquele cujo apartamento mais recebe a visita das baratas. E nas cidades, as populações mais destrutivas e indiferentes são as que menos recebem investimentos, e por isto continuam sem educação e destruindo o pouco que tem...e o círculo nunca acaba.
Nada é por acaso. O que somos – hábitos, atitudes, convicções – está estampado em nosso corpo físico. E, inevitavelmente, é este corpo físico que nos transportará na concretização de nossas ações ao longo de toda a vida. Precisamos dele, portanto temos que tratá-lo bem. 
Tudo segue uma coerência. Tanto o progresso quanto o fracasso tem uma lógica. A lógica de colher o que se planta. E na natureza, em todos os sentidos, não há prêmio nem castigo: só consequências.
Alguns paradoxos são difíceis de entender: falamos muito em preservar o meio ambiente, mas não abrimos mão do conforto que muito custa à natureza para nos fornecer produtos e serviços. O Instituto Worldwatch (Washington, EUA) declarou que “o consumismo é incompatível com a saúde do planeta; fazer as mudanças políticas e tecnológicas  necessárias para melhorar o clima no planeta, sem modificar o comportamento de consumo, é infrutífero”. Pense bem: todo mundo quer andar de carro, comer batata frita de pacotinho e ter o último modelo de celular, não?  Que tal andar mais a pé, comer uma salada de frutas e ficar com o mesmo celular mais tempo?  Se fizer alguma diferença na sua vida, vai ser pra melhor.
Os médicos estão preocupados com o que está sendo feito com a informação gerada em tantos estudos. Parece que nós, seres humanos, não estamos aprendendo com nossos erros. Em cardiologia, por exemplo, os grandes avanços em exames e tratamentos não tem se traduzido em uma diminuição do número de mortes por problemas circulatórios. Observamos que as pessoas querem saber como estão, exigem fazer os mais sofisticados exames e querem usar os mais modernos e caros medicamentos, mas...não admitem mudar seus maus hábitos alimentares nem começar a se exercitar (o que seria muito mais eficiente e barato!).
Os avanços servem para melhorar e racionalizar nossa vida; não temos o direito à negligência, querendo apenas os benefícios do progresso sem a responsabilidade correspondente. 
Por que fazemos tanta questão de usar a tecnologia se não vamos usar nossa sabedoria?




Izabela Lucchese Gavioli
CRM-RS 19988
Médica especialista em Reumatologia e Medicina do Esporte
Bailarina
Professora de Dança

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Envie flores e ...aprenda a dançar.


Envie flores a sua mulher, namorada, amante ou pretendente, a cada dois meses, e aprenda a dançar.
As mulheres quando dançam se entregam a seu parceiro de corpo e alma, e este tem   a responsabilidade de fazê-la feliz.
Aprenda a dançar! Todos podem. A dança deveria constar nos currículos escolares. Dançar só depende de você., da sua vontade e da sua iniciativa.
A dança de salão não requer malabarismo, apenas um pouco de disciplina e boa vontade para aprender. Seja esperto, aprenda a dançar.Hoje há muitos homens dançando, seja um deles.
Houve uma época em que as moças escolhiam, seus futuros maridos,  nos bailes, acompanhadas por seus pais. A escolha era certa:
um bom “dançador” seria, um bom marido.
A dança viabiliza relacionamentos. Um bom dançarino sabe tocar uma mulher, transmite segurança, sabe conduzir. Aliás, aqui está a palavra-chave da dança de salão: condução. A mulher, como todas as fêmeas, querem de um homem, o que  um bom bailarino lhes transmite na dança: segurança e proteção.
O que é necessário para uma relação dar certo? É preciso se reinventar todos os dias. Acho que os atores devem ser bons maridos. Há atores meio “camaleônicos”, todas vezes que os vejo na televisão ou no teatro, estão sempre com uma aparência diferente. Queria ser assim. As mulheres, assim como nós homens, gostam de novidades. Reinvente-se todos os dias, coloque um perfume novo, um traje, uma camisa diferente, leve-a a um lugar inusitado, mas aprenda a dançar. O resultado será positivo
Sabe o que a dança de salão ensina, muitas vezes, introspectivamente? Respeito, limite, cuidado, segurança, sensibilidade, cautela,..e por aí vai.
Quem nos ensinou a amar? Quem nos ensinou como devemos tocar nossa parceira? ...A dança de salão nos auxilia nas sinuosidades femininas.
As técnicas de dança de salão e a sutileza da condução para o bom desempenho da dança nos realçam aos olhos femininos. Não há força, não há brutalidades... só carinho. Não interessa se a parceira não é sua esposa ou namorada ou  uma  amiga,  você tem o dever de ser gentil, suave e educado. Firme, porém, sutil. Assim deveriam ser ensinadas as técnicas de dança de salão (Se alguém estiver ensinando de outra forma, deve trocar de profissão).
Dançar requer as mesmas qualidades que devemos ter pra fazer nossa parceira feliz, quer seja como companheira ou como parceira de dança: segurança, proteção, carinho, respeito.
A dança de salão ensina os parceiros a serem cúmplices. Qualidade  imprescindível para um bom relacionamento entre casais. A DANÇA DE SALÃO lhe ensina, de certa maneira, a ser feliz.
Você já reparou na felicidade esboçada por uma mulher após boas voltas no salão com seu parceiro?  É como se ela alcançasse o “supra-sumo” da felicidade.
         Meu amigo, sua felicidade só depende de você. Não interessa sua idade, seus credos, sua altura,... continue enviando flores, mas procure uma boa escola, um bom professor e aprenda a dançar.




quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Dança de Salão & Saúde


A dança de salão (DS) caiu no gosto do brasileiro. Qualquer cidade, qualquer bairro, esteja onde estiver haverá alguém “ensinando” a arte da DS.
Com a exploração da dança pela televisão a cada dia surgem novas escolas, novos professores e muitos alunos.
Mas cuidado: através da DS, acredita-se numa melhoria da qualidade de vida. É metade verdade! Melhora a auto-estima, oportuniza a socialização, diminui a timidez, etc, mas não é responsável 100% pela sua saúde, é preciso outros acessórios.
A DS atua no corpo humano melhorando os processos dos sistemas circulatório, respiratório, cardiorrespiratório, ósseo e muscular, auxiliando na MANUTENÇÃO da saúde. Porém, tudo isto é verdadeiro se não fumar, se fizer exercícios, tiver uma dieta saudável, dormir bem, consultar um médico com regularidade, etc. De que adiantaria um sujeito dançar acreditando que está saudável, fumando e pesando 130 kg?! Sabe os atletas de fim de semana?!  Geralmente, quero dizer alguns, morrem infartados na “pelada”, no campinho de futebol. Muitas vezes tal sujeito resume tudo isto: fumante, obeso, sedentário e tudo mais. Pois é...então temos algumas falsas verdades que não são divulgadas pela mídia. Nem é este seu papel. Inclusive, temos de agradecer-lhes por encherem as escolas de alunos incentivados pelos programas de calouros de DS: Valeu Faustão!!!!
Outro pecado mortal: alguns leigos acham que perder líquido significa perder peso. A atividade da dança, principalmente em dias de calor, faz o corpo perder muito líquido, mas isto não significa emagrecimento. Para emagrecer é necessário queimar calorias além do que se acumula, e geralmente o gasto energético nas aulas de DS é modesto. Perder líquido, significa, posteriormente, ter de recuperar o líquido, senão ficaríamos debilitados, de-si-dra-ta-dos. Após uma aula de DS, quando se perde muito líquido, o que se faz?! Bebe água. Recupera o peso perdido porque só perdeu líquido. Para perder peso é necessário elevar os batimentos cardíacos e acelerar o metabolismo, de modo a queimar mais calorias...e depois não voltar a armazená-las!
A DS auxilia nos processos de equilíbrio, na coordenação motora, na memória e por sua vez, nos processos cognitivos, por que lhe faz pensar. Isso mesmo, pensar. Pensar não melhora a inteligência?! Melhora. É por isso que se recomenda fazer palavras cruzadas: para estimular o cérebro a trabalhar.
Então meu amigo, não se engane: escolha uma boa escola,  faça aulas de dança, vá a muitos bailes, divirta-se, conheça muita gente, mas cuide de sua saúde e vá ao médico com regularidade. Dentro da medida do necessário, ok?!    
Ah, e não se engane também com o professor. Faça boas escolhas, questione seu currículo e sua formação. Não faça como meu amigo que acreditava que o Gambá era o Rei dos animais, coitado!

sábado, 6 de novembro de 2010

Ballet Chinês.

Ballet russo?? Ballet cubano????...coisa nunhuma, o negócio é BALLET CHINÊS.
O Ballet Nacional da China, uma das mais importantes companhias de dança do mundo e a mais tradicional de seu país, veio ao Brasil pela primeira vez no dia 03 de novembro iniciando sua turnê a partir de Porto Alegre no RS.
            A companhia apresentou, no Teatro do SESI, um programa triplo com algumas das melhores coreografias de seu repertório: “Yellow River”, um ballet revolucionário, que combina dança clássica e dança típica chinesa; o segundo ato de “Giselle” e “New Years Sacrifice Act II”.
Tal ballet foi fundado sob as vistas dos grossos calibres do comunismo chinês em 1959 e é a única companhia de dança estatal do país. Desde a sua criação, com a proposta de preservar a tradição da dança chinesa e incorporar ao repertório as grandes obras do ballet romântico ocidental, como nas bem-sucedidas produções de "Dom Quixote", "Romeu e Julieta" e "A Bela Adormecida", vem sendo considerado uma das maiores e melhores companhias de ballet do mundo.
Todos os integrantes  são oriundos da Academia de Dança de Pequim, onde trabalham técnicas do balé clássico da Academia Vaganova, de São Petersburgo,berço dos destaques do mítico Kirov Ballet, trabalho que se nota na desenvoltura clássica e moderna dos bailarinos.
Em “New Years Sacrifice Act II”, o  trabalho técnico dos bailarinos, juntamente com a forte interpretação, faz este espetáculo digno de ser comparado com os grandes ballets de repertório, e mais ainda; o toque chinês no ballet  levou-me a ver formas que jamais tinha visto no desempenho do clássico..
O espetáculo foi baseado nas obras desenvolvidas pelo  diretor de cinema, Zhang Yimou  que é o autor dos recentes sucessos do cinema "O Clã das Adagas Voadoras” e “Herói”, e também responde pela direção do espetáculo de abertura das Olimpíadas de Pequim em 2008. Em 1988, ele ganhou o principal prêmio no Festival de Berlim; em 1992 e 1999 levou para casa o Leão de Ouro, prêmio máximo do Festival de Veneza; e em 1994 foi laureado com o grande prêmio do júri no Festival de Cannes.
            .....PARA QUEM ACHA QUE O BALLET ESTÁ MORRENDO....SEI NÃO, SEI NÃO.....

Baryshnikov, a Dança e a Educação.

Ontem após o espetáculo do Misha e Ana Laguna aqui no Sul do Mundo, no maravilhoso teatro do SESI,  em companhia do próprio, fui questionado, após o espetáculo, da seguinte forma: What's this? What's this...”uhuuu”.  Pensei: iiih, me ferrei. O que dizer? Refleti brevemente e resolvi falar a verdade: ...Misha, senta aí: tudo começou em 1500 quando um Portuga, pra lá de louco, que não era muito querido lá nas suas bandas,  aportou por estes pagos, conheceu umas índias, trouxe mais um pessoal  lá da África e procriaram, procriaram, procriaram muito. Bom, esse pessoalzinho nunca teve muita preocupação com o ofício da educação. Oficio tal que garante ao sujeito conhecimento, disciplina, cultura, educação e senso crítico. Aliás, a tríade “disciplina, educação e senso crítico”, deveria ser medida com algum instrumento do tipo um “disciplinômetro” ou um “educanômetro”, na entrada dos teatros, liberando o acesso para pessoas educados e impedindo a entrada de “uhuzeiros”. Micha ficou revoltado: Como assim impedir o acesso ao teatro?? Misha, deixa eu voltar lá para o inicio e já vais entender, ok?! Bem, acontece que esse pessoalzinho desenvolveu por aqui, na terra brasilis, um tal de jeitinho brasileiro. Jeitinho este que faz o sujeito pensar no próprio umbigo, não ter respeito pelo próximo, não respeitar limites e achar que dinheiro pode tudo. Dinheiro pode tudo sim, mas só para quem sabe usá-lo. Compra boa educação? Compra. Mas não compra formação de caráter, dignidade e respeito. Opa! Respeito. Pensei: agora Misha vai entender. Misha, é através da educação formal, responsabilidade da escola;  e da formação de caráter,  responsabilidade da família, que as pessoas aprendem as noções de limite e de respeito ao próximo, entre outros. Creio que a partir deste momento conseguirei  te explicar o que é “uhuuu”. “Sim explica, explica, dizia Misha”. Mas, antes  preciso  te dizer que a plateia que te assistiu era composta daquele mesmo grupo que bebia champanhe no saguão do teatro minutos antes do inicio. Plateia esta que pagou caro por um ingresso e era composta da tal de “elite” intelectual e econômica desta cidade. Misha achou muito estranho quando a produção informou que as mesmas pessoas que bebiam champanhe na entrada do teatro antes do seu espetáculo foram aquelas que atrapalharam sua performance com fotografias, flashes, e no final gritaram “UHUUUU”. Voltando ao Misha, continuei explicando: Então Misha, este pessoalzinho, que é parente daquele louco lá do inicio, e cujos descendentes nunca tiveram muita preocupação com a educação e deixaram de investir, ao longo do tempo, na família, logo na formação de caráter, não sabem diferenciar um aplauso educado e simpático de um selvagem e constrangedor “uhuuu”. Misha então entendeu e explicou que quando as pessoas querem elogiar um artista devem apenas aplaudi-lo de pé ou gritar BRAVO; quando estiverem efusivamente agradecidas e quiserem demonstrar devem fazer como fazem os mais civilizados: bater palmas, todos ao mesmo , em uníssono.”
Aplauda seu artista com respeito e educação, não seja um selvagem, não tire fotos com flash. Com o advento da internet é possível conseguir fotos de seus artistas diletos desde quando estavam no berço. Não perca tempo com fotografias, aproveite o momento para “curtir” seu artista. Talvez, com o selvagem “uhu, ele fique com a impressão, indesejada, de que somos ermitões e não queira mais voltar.  Todos perdemos com essa atitude selvagem e “ermitônica”....para com esse tal de  “uhuuuuu”.
Ahhhhh, mas onde entra a dança em tudo isso? Bom, Baryshnikov estudou a dança durante toda sua vida, por isso é um ícone. Simplesmente teve disciplina e educação, por isso quando dança não precisa “arfar no palco, nem comer repolho, nem se atirar nas paredes, nem tomar banho em fonte”, simplesmente se mexe e dança.
            Voltando ao diálogo, disse a Misha: desculpa pela ignorância e pelo DEScomportamento deste povo.

No sul do muuuuundo, COW PARADE.

         E a parada das “cow”?!?! Oh, povo ignorante, esse povinho brasileiro,... putz.!! Se largar essa gente no pasto saem de quatro. Tivemos o privilégio de ser presenteados com as pobres fornecedoras de material pra iogurte, e o que fizemos?! Roubamos, jogamos rampa abaixo, incendiamos e sacamos seus ornamentos (refiro-me aos materiais usados para enfeitá-las). NÓS?!?! Sim, nós! Somos nós que permitimos as barbaridades que são feitas conosco em nossa sociedade todo dia. Vai me dizer que nunca ouviu falar de político ladrão que não é preso,  de professor que apanha de aluno, de motorista assassino que está solto sem ser julgado, de bêbado dirigindo, de político corrupto ganhando eleição...sim, já ouviu falar, sim!! O sujeito que incendiou a vaca, o outro que roubou seus acessórios, e aquele que a jogou na rampa de skate, são iguais aos corruptos, aos motoristas embriagados, aos alunos quem batem nos professores (diga-se aqui  EDUCADORES). Nada fazemos pra frear essa gente. Motivo de tudo isto: impunidade. Numa sociedade justa e democrática as  pessoas tem de conviver com a lógica de causa-e-conseqüência: roubou, tem de ser preso, não interessa se é crime comum ou colarinho branco, não interessa!!! Tem de ser punido. Estamos 200 anos atrasados, isso mesmo 200 anos. Levará todo esse tempo para que haja uma revolução social neste país a ponto de trocar o pensamento vigente. O "jeitinho brasileiro" já era. Vivemos em outro século, vivemos em época de informação instantânea, vivemos na era da internet, da tecnologia, do crescimento econômico, mas continuamos agindo socialmente como se estivéssemos na idade média, somos”ogros”..com todo respeito aos tais. Não merecemos as vaquinhas, não merecemos. Um acidente aqui, outro ali, é justificável. Mas,  por que não prenderam os caras que roubaram a vaca?? Para com essa história de “pensei que alguém havia dispensado, peguei pra que não fosse roubada”,..bulhufas, bulhufas!!! Não deu nada. Nunca dá!! Nosso problema é cultural. Muda a educação, investe na educação, dá acesso a cultura, pra ver se não muda. Pra quê gente pensando? Pra quê ter senso crítico? Gente que pensa sabe votar, quem sabe votar não vota em mula, asno, burro ou qualquer outro de tal gênero. Cultura, cultura, cultura já!!!Na próxima eleição exija que seu candidato assine um compromisso de investimento em segurança, educação, saúde e CULTURA (outro dia falo sobre o conceito de cultura). O resto é com a gente, basta trabalhar e bem querer, ou vamos  esperar 200 anos???? Por enquanto aprecie as vaquinhas e deixem as bichinhas em paz....!pôoooo!!